segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Conhecendo mais sobre o Autismo: Razões para ter esperança no desenvolvimento de seu filho especial






Hoje falaremos sobre o Autismo, transtorno que atinge um percentual significativo de pessoas, geralmente diagnosticado na fase da infância, atingindo a maioria de seus portadores masculinos.
Para você, pai ou mãe de uma criança autista, conheça ainda mais sobre a doença, assim como razões para ter esperança na evolução, no aprendizado e nas possibilidades de uma vida cada vez mais normal de seu filho.







O que é o Autismo?

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:

- Inabilidade para interagir socialmente;
- Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
- Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.

Sintomas

O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;

3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.

Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.

Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Tratamento

Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.

Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.

Recomendações

- Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;

- É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista (dica: a repetição de palavras auxilia muito no desenvolvimento e domínio da fala e da escrita);

- Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina (observação: a rotina é bem vinda em qualquer situação, inclusive em relação à crianças não portadoras do autismo, pois trás segurança e tranquilidade, o que acarreta no seu melhor desenvolvimento em todos os sentidos);

- Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado (porém esta escolha deve ser conjunta entre os pais e responsáveis, os médicos especialistas e os professores que acompanham a criança);

- Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.

18/01/2013 22h24 - Atualizado em 18/01/2013 22h26

Estudo analisa casos em que sintomas de autismo desapareceram.


Pesquisadora trabalhou com 34 jovens que passaram a ter vida normal.
Resultado leva a crer que síndrome tem evoluções 'muito diversas', diz.

Algumas crianças com diagnóstico de autismo quando pequenas veem desaparecer completamente seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.

"Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, a descoberta permite pensar que a síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas", afirmou Thomas Insel, diretor do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.

A pesquisa foi realizada pela doutora Deborah Fein, da Universidade de Connecticut (nordeste), com 34 jovens de 18 a 21 anos, que tinham sido diagnosticados com autismo em idades muito remotas e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal.

Estes jovens não apresentavam mais problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.

A pesquisa, publicada na revista "Child Psychology and Psychiatry", se concentrou em saber se o primeiro diagnóstico de autismo era suficientemente exato e se os sintomas efetivamente tinham desaparecido.

A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou o doutor Insel. Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas.

Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais. Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade, e não se beneficiar de nenhum serviço especial para autistas.

No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que no futuro verão desaparecer os sintomas com o passar o tempo.

"Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas no estado atual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer", disse o doutor Fein, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.

Disponível em: g1.globo / Bem Estar







Indicação de filme sobre o tema: 

Jewel - Uma viagem inesperada 

Título Original: Miracle Run
Direção: Gregg Champion
Gênero: Drama
Tempo de duração: 88 minutos
Ano de lançamento: 2004

Sinopse: Corrine (Mary-Louise Parker) fica transtornada ao descobrir que não existia cura para a doença de seus filhos gêmeos Stephen e Phillip. Para não se tornar prisioneira desta deficiência ela está determinada a propor uma vida normal aos garotos e começa uma jornada em busca desta nova vida. Ela terá que enfrentar muitos obstáculos para superar os preconceitos da sociedade e mostrar a capacidade de seus filhos. O que ela não esperava era a atenção e generosidade de Doug Thomas (Aidan Quinn), que compartilha os seus problemas e participa de sua família. 



_____________________________

Se você possui um filho com autismo, saiba que um acompanhamento pedagógico bem planejado e contínuo pode auxiliar e muito em seu desenvolvimento!

Para maiores informações sobre este e outros serviços educacionais que ofereço, entre em contato através de (19) 3243-6755 / (19) 9233-2810 / (19) 3243-6755.

Poderá também enviar um comentário através do Blog ou um e-mail para: m.roncolatto@gmail.com.

Estarei à disposição para auxiliá-los da melhor maneira!